domingo, 28 de janeiro de 2007

Parashat “Bó”



Resumem.

As primeiras partes da parashá descrevem as pragas dos gafanhotos e da escuridão com as quais D-us puniu o Egipto.

Logo depois da última praga, a morte dos primogénitos, os Israelitas são comandados de pedir aos egípcios todos seus objectos de valor, fazendo isso.

Moshé Rabenu, também é comandado de preparar os Israelitas ao sacrifício de Pessah, de marcar as portas das suas casas com o sangue do sacrifício e também de guardar esse preceito (o sacrifício) e a festa do pão ázimo (Pessah) em todas as gerações a seguir. Em fim, vemos que os Israelitas obedecem a todas as directivas que Moshe lhes dá.

A praga da morte dos primogénitos, a ultima da ordem, é aquela que submete o Faraó e o convence a deixar libré o povo de Israel, o qual sai do Egipto com grandes propriedades e ao qual agrega-se muita gente.

A parashá conclui com as regras da comida do sacrifício de Pessah, do pão ázimo (Matsá) e do hamets, da separação dos primogénitos e do relativo resgate, e em fim, dos Tefilin o qual objectivo final é de recordar D-us e a Sua rigorosidade para com o Egipto.

Reflexões.

A saída do Egipto é a primeira redenção na história de Israel, e temos que apreender dela sobre a nossa futura redenção.

Porque os Israelitas mereceram-se ser libertados do Egipto? Sabemos que o pacto dos patriarcas já existia: D-us prometeu a Abraão no “pacto das partes”, que depois de 400 anos seus descendentes serão libertados do Egipto.

Mas ainda temos que perceber porque é que D-us prometeu isso a Abraão.

Parece que foi apenas graças aos méritos dos patriarcas que foram libertados os Israelitas, e que eles só conseguiram guardar, inclusive em condições de exílio, a chispa daquele grande fé que os antepassados acenderam.

E com todo isso, inclusive estando no meio daquele povo dedicado a idolatria, o Egipto, voltaram todos a fé verdadeira, sacrificando, e assim desapreciando, os deuses do Egipto, os carneiros, mesmo na cara dos Egípcios!

E assim é que foi fixada uma lei pelas gerações vindouras: “Todos os profetas nos comandaram de fazer Teshuvá (retorno ao recto caminho), e assim os israelitas serão redimidos no futuro, só fazendo Teshuvá”.

E se os israelitas farão Teshuvá de espontânea vontade, merecerão também a promessa do profeta Micha: Eu lhes mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito……Mostrarás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, conforme juraste a nossos pais desde os dias antigos.”

Parashat Vaerá 5767


Esta Parashá e seguinte nos introduzem nos acontecimentos da missão de Moshé Rabenu; nos apresentam uma ampla exposição das varias negociações que houveram entre Moshé e o Faraó para obter a liberação de Israel da escravidão. Essas parashiot nos demonstram como se determinou a comprida série de castigos, conhecidos pelo nome de pragas, a causa dos quais o malvado Faraó tinha que convencer-se a deixar livre o povo de Israel.

Uma pergunta, uma dúvida que pode surgir sobre todos esses acontecimento é a seguinte: se D-us já tinha decidido a libertação de Israel, qual foi o fim de todas essas punições? Não podia ser suficiente apenas uma praga solene, uma manifestação da omnipotência divina para ganhar a prepotência do Faraó e resgatar Israel da escravidão? A essas perguntas se pode responder usando as mesmas palavras que Moshé pronunciou em frente ao Faraó: “mas, na verdade, para isso te hei mantido com vida, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.” (Êxodo 9, 16). Esse gradual e lento processo de provas e punições faz parte dum plano divino: D-us mostrando a Sua tolerância para com o pecador, Quer também dar ao Egipto e ao Faraó uma série de grandes ensinamentos sobre a verdade Divina e os critérios da justiça no mundo, porque não é só a Israel que D-us se revela, mas ao mundo inteiro!

Mesmo no meio dum povo de idolatras, em frente a uma das nações mais potentes daquela altura, devia revelar-se a grandeza do D-us Único. É assim que mesmo aquele Faraó que disse “Quem é D-us para que eu ouça a Sua voz?”, mais tarde admitirá a verdade com as palavras: “ o Senhor é justo, mas eu e o meu povo somos a ímpios.” (Êxodo 9, 27). Mas esta revelação de D-us em frente dum povo estrangeiro e idolatra, era necessária também para Israel, sob outro aspecto. Quem podia convencer ao povo de Israel gritando baixo as cadeias da escravidão? Quem podia acreditar que com aquelas terríveis condições seria também chegada a salvação? Podia apenas a força humana mudar radicalmente aquela situação? Podia a intervenção de homens, também de grandes guias como Moshe e Aharon, acabar com aquele pesadelo? Sim, mesmo naquela condição que parecia desesperada, na qual a mão do homem era incapaz de obter nenhum sucesso, ali tinha que demonstrar-se a potencia de D-us, para ensinar ao povo de Israel a influencia da providencia na historia.

Então a liberação de Israel, não será obtida com a intervenção humana, porque nenhuma força nem homem podia fazer aquilo que já Israel achava perdido: “…pois por uma poderosa mão os deixará ir…” (Êxodo 6, 1). Assim Israel apreendeu a conhecer directamente D-us, por aquelas verdades que a mesma história, as mesmas experiências da vida mostram.

È assim que todos os acontecimentos de Israel no Egipto, transformam-se num ponto inesquecível da historia humana e então o ponto de nascimento dum povo: um grupo de pessoas que até agora eram apenas descendentes da mesma família, a família de Avraham, e tinham recebidos a mesma educação, e que agora experimentam e testemunham os ensinos do patriarca, no só entre eles mas em frente do mundo inteiro.

Quero concluir dizendo que é essa a peculiaridade dos judeus, que nunca se podem comparar as outras religiões:

Uma fé – Que nasce com os ensinamentos de Avraham e afirma-se com os acontecimentos do Egipto;

Uma forte identidade nacional – Que é a união familiar da casta de Avraham e de todo que entra a fazer parte disso;

Uma identidade territorial – a amada Terra de Canaan, prometida por D-us na qual Israel cumprirá a sua tarefa. Três caracteres inseparáveis do Povo de Israel.

Torã, Nação e Terra, o lema do nosso povo…Torat Israel, Am Israel, Erets Israel!

Shabat Shalom

Rabino Eliezer Shai Di Martino

Palavras de bênção pelo grupo de ex-crypto-judeus do Porto que passou com grande sucesso o Beit Din de retorno ao Judaísmo em Jerusalém.



“Esses são os nomes dos filhos de Israel que chegaram ao Egipto….” (parashat Shemot, Sefer Shemot)

Assim abre-se o livro de Shemot, Êxodo, e é com essa Parashá que se abre também um novo capitulo pela comunidade judaica do Porto, e com licença, quero fazer uma releitura desse versículo: “Esses são os nomes dos filhos de Avraham Israel ben Rosh”que chegaram ao Portugal:

Iossef, Keren e Eliahu; Nahshon, Hana e Shemuel; Ieoiakim e Miriam; Baruch Israel; Iossef Imanuel; Reuven Elazar; Arie; Iossef; Rivka; Iael.”

Aqui com a Parashá de Shemot nasce o povo de Israel. E também com essa parashá começa o renascimento do Povo de Israel no Porto.

Há varias situações paralelas entre as duas histórias:

A escravidão no Egipto dos filhos de Israel;

A escravidão espiritual dos judeus sob a inquisição cristã (Shem reshaim irkav!)

A fim das cadeias da escravidão, guiados por um grande leader: Moshe Rabenu;

A fim do medo e a assunção publica do próprio judaísmo, também guiados por um grande leader: Avraham Israel ben Rosh.

A inveja, as malas línguas e a falta de fé em D-us e no seu profeta Moshe Rabenu;

As infâmias e as malas línguas contra o Avraham Israel ben Rosh.

A punição: 40 anos no deserto, e não ver a terra de Israel;

A punição: mais de 40 anos o processo de retorno foi parado.

Os filhos e netos da geração do deserto vieram a terra de Israel;

Os netos do Avraham Israel ben Rosh, vieram acontecer o retorno oficial;

No quero continuar nas comparações…A próxima seria a ultima profecia de Moshé, o qual vê no futuro vários acontecimentos infelizes e expressa a sua severidade para com os filhos de Israel….

Mas hoje não é dia de ralhos e repreensões, nem sobretudo dia de profecias….o que sim hoje é, é uma ocasião para abençoá-los:

O Povo de Israel lhes da as boas vindas! Ou melhor os “bons retornos”! Como uma mãe que recebe o amado filho que volta duma dura guerra.

Bênçãos de bom sucesso no cumprimento do compromisso que fizeram;

Bênçãos de bom sucesso no crescimento espiritual;

Bênçãos de bom sucesso na construção ou inicio duma família judaica.

Agora ninguém mais os umiliará ….Não deixem que ninguém mais os chame “Goiim”!

Vários sábios dizem que a força dos Guerim é o conhecimento…Demonstrem ao mundo judaico que os descendentes dos judeus portugueses podem ser a Elite dos judeus, assim como foram no passado!

A tarefa é difícil….mas não esqueçam um famoso ditado do Talmud: “ Rabi Abahu disse: No lugar onde está um Baal Teshuvá (Aquele que retorna lit.), nem um justo perfeito pode estar….”

BehatslaHá, rabino Eliezer Shai Di Martino

Tertúlias Ladina


Tertúlias Ladina
Terá lugar no Clube Literário do Porto no próximo Domingo 28 de Janeiro
de 2007
pelas 22H, com o tema: "EDUCAÇÃO HEBRAICA À LUZ DA TORA", pelo
Dr. Luis Gonzaga Grego.

Publicidade Institucional - Cultura


A Comunidade Israelita do Porto convida-o a assistir à projecção
comentada do filme "Noite e Nevoeiro" de Alain Resnais, na Sinagoga Mekor Haim, no próximo domingo, dia 28 Janeiro, às 18h00, sessão organizada com a colaboração da Ladina, Associação de Cultura Sefardita.

A Comunidade Israelita do Porto

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A força das convicções


Não podeíamos esquecer um especial agradecimento a Michael Freund, presidente da Shavei Israel e ao rabino Eliahu Birnbaum, pelo apoio, carinho e dedicação que tiveram desde sempre para com a Comunidade Israelita do Porto e com a causa Bnei Anussim.
(na fotografia, da esquerda para a direita: Aaron Abecassis, Michael Freund e rabino Eliahu Birnbaum)
We can not forget all the help, love and dedication that Michael Freund and rabbi Eliahu Birnbaum from Shavei Israel gaved to Oporto Jewish Congregation.
G/d bless you.
(photo-from the left: Aaron Abecassis, Michael Freund and Rabbi Eliahu Birnbaum)

Convidados - Comunidade Israelita de Lisboa


O presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, senhor Hulman Carp juntamente com a doutora Esther Muznick estiveram presentes na festa de inauguração da nova Mikvé da Comunidade Israelita do Porto.
A Comunidade Israelita do Porto agradece desde já, o vosso sentido e fraterno apoio.

Inauguração da Mikvé - New Mikvé


O senhor Aaron Abecassis (Los Angeles-California) foi o grande benemérito, que contribuiu para a construção da nova Mikvé da Comunidade Israelita do Porto.
Desde já, um muito obrigado. Os seus actos de benemerência mostram ao mundo um dos fundamentos da vida judaica: a solidariedade entre irmãos.
Bem haja!
Na fotografia temos o senhor Aaron Abecassis(esquerda) e o Grande Rabino de Israel Yona Metzger(direita).
Mr. Aaron Abecassis Was the great benemerit who helped the congregation to rebuild a new casher Mikvé.Thank you very much for your friendship.
(photo-Left:Mr Aaron Abecassis. Rigth:Chief Rabi Of Israel, Yona Metzger)

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Convite


Visita Ilustre - Israel Chief Rabbi, Yona Metzger visits Oporto

O Grande Rabino de Israel, HaRav Yona Metzger estará hoje (23 de Janeiro) presente na Sinagoga do Porto, para a inauguração da nova Mikvé da Comunidade.
A reconstrucção da mikvé comunitária só foi possível com a ajuda da organização Shavei Israel e da família Abecassis.

Israel Chief Rabbi, HaRav Yona Metzger, will be today (23 de January) in Oporto´s synagogue for the inauguration of the new Communal Mikvé.
The reconstruction of the communal Mikvé was only possible with the support of the Israeli organization: Shavei Israel and the Abecassis Family.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007