quarta-feira, 18 de julho de 2007

A guerra santa contra os judeus britânicos

Retirado d´O Apaniguado

Via LGF - Reino Unido - O número de ataques contra judeus aumentou de forma assustadora. O islão militante, a esquerda multicultural e a velha direita fascista são o tridente de ataque contra a presença judaica nas ilhas britânicas. É uma espécie de "open season on jews". A reportagem é de Richard Littlejonh e o vídeo abaixo reproduzido refere-se à primeira parte. Os restantes segmentos (5) podem ser vistos aqui.Nota: Os judeus foram expulsos de Inglaterra no período medieval e só regressaram no século XVII quando os judeus portugueses procurando refúgio, requereram a Olivier Cromwell autorização para viverem em terras britânicas. Manuel Dias Soeiro (aliás Menasseh Ben Israel) foi o homem que abriu as portas a uma convivência quase perfeita entre judeus e britânicos. Mas depois chegaram os membros da religião da paz...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Quem é judeu?

Por Júlio Silva Cunha, n`O Apaniguado

A lei judaica (halakhá) entende que é judeu, quem seja filho de mãe judia ou que ele próprio tenha-se convertido ao judaísmo.Esta é a definição clássica que os não-judeus facilmente assimilaram. Contudo, para a lei judaica existem outros requisitos.Para alguém poder ser considerado como filho de mãe judia, tem que provar que esta última não se converteu a outra religião.

Vamos ver o caso de Karl Marx. A mãe e o pai eram judeus. Antes do nascimento de Marx converteram-se ao luteranismo. Marx foi educado na religião luterana.Para os judeus e segundo a sua lei, Marx não era judeu. A mãe, antes do seu nascimento, converteu-se a outra religião.

Esta questão é essencial pois faz com que os filhos dsessa senhora não possam ser considerados judeus. Um judeu não pode ser judeu-luterano ou judeu-budista ou judeu-muçulmano. A definição faz-se pela adesão a uma única fé.Por outro lado, temos o caso da vontade pessoal e da conformação identitária do indivíduo; Marx sempre se afirmou como não judeu. Em jovem sempre se considerou como alemão e luterano, mais tarde simplesmente como socialista.

Mesmo que alguém tenha nascido judeu, se ao longo da vida se converter a outra religião, perde esse estatuto. Como dizia o Miguel Castelo Branco, estamos perante uma comunidade que não se fundamenta na raça mas na etnicidade. Etnicidade no sentido helénico - comunidade linguística, religiosa (o mesmo panteão), de valores morais e éticos - o que retira a ideia de raça (na sua dimensão de cor/pigmentação) ao judaísmo.Povo, enquanto comunidade de valores comuns, mas não de similitude racial. Nesse sentido, o judaísmo sempre foi pluri(racial).

O caso dos filhos de Hertzl é paradigmático do conceito de permanência judaica. Hertzl e a mulher eram sem dúvida alguma judeus. Sobre os filhos de ambos pesou a dúvida que tinham-se convertido ao cristianismo. O Estado de Israel tentou transladar o corpo dos filhos de Hertzl para Israel para poderem serem sepultados num cemitério judeu. Os rabinos chefes de Israel oposeram-se durante décadas a essa transladação enquanto não tivessem provas de que os filhos de Hertzl não se tinham convertido a outra religião.

Qual a razão de ser deste zelo?Num cemitério judaico só podem ser sepultadas pessoas dessa fé. Os "candidatos" podem ser loiros, negros, verdes ou às bolinhas, o que interessa é que sejam de religião judaica. Se são filhos de judeus, mas converteram-se a outra religião, jã não podem ser sepultados num cemitério judaico ou simplesmente serem considerados como judeus.A filiação faz-se pela partilha de valores religiosos e morais.

A pergunta para os liberais. A definição da identidade pessoal faz-se pelo próprio, pela tribo ou pela "comunidade nacional"(não judeus)?

Segundo as doutrinas de certos liberais lusos, a definição faz-se pela comunidade nacional. Assim, apesar do próprio Marx não se coniderar como judeu, a religião judaica não o ver como um dos seus, ele é judeu porque a comunidade nacional (os não judeus) assim o entendem.

O nazismo também aproximou-se desta definição - uma vez o sangue poluído por gotas semitas, para sempre judeu seria considerado.

O judaísmo não acredita no conceito puro e estrito do ius saguini, mas os goym (não judeus) acham o contrário! Que fazer?!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Anti-Semitismo Portuense

Praticamente em frente ao cinema Nun`Álvares (a menos de 5 metros da sinagoga do Porto), encontramos este mural de boas-vindas. Para aqueles que defendem que os judeus estão sempre a jogar a carta da vitimização, acreditamos que estas imagens serão tranquilizadoras; não existe anti-semitismo na cidade do Porto!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

E agora para algo completamente diferente

Notas sobre o Líbano

Via Combustões

O Líbano de novo a ferro e fogo. Beirute, que se apoiara no Partido de Deus, deixou de confiar em tão seráficas companhias e mendigou uma ponte aérea de emergência aos nefandos norte-americanos, agora salvadores in extremis da periclitante situação em que se encontram as forças governamentais. Os confrontos no norte espalharam-se um pouco por todo o país e só a intervenção da força aérea israelita poderia circunscrever e debelar os focos de levantamento armado palestiniano. Sim, a culpa deve ser dos sionistas, pois os rapazes da Fathaa nunca criaram problemas, como também os governo sírio - de passado impoluto em matéria de acicate de violência fora de fronteiras - e iraniano, conhecido pela moderação com que instrui os seus agentes no Afeganistão e no Iraque. Ontem como hoje, o diapasão dos entusiastas das conspirações falha no alvo: nomeia Israel e não quer ver quem são os financiadores da subversão.

Ainda a Guerra de Junho de 1967

Via Combustões

O assunto é suficientemente escalpelizado no Insurgente para nos perdermos em delongas, mas gostaria de lhe acrescentar dois ou três argumentos, que estimo de peso na reavaliação de um mito histórico que persiste graças a desinformação ou pura má-fé.

É argumento de toda a evidência ter sido a Guerra dos Seis Dias precipitada pela coligação nasserista-baathista. Em Maio de 1967, Nasser declarou o bloqueio marítimo ao porto de Eilat, porta de entrada vital para a sobrevivência do país, interditou o espaço aéreo do Estado judaico, privando-o de reabastecimento, exigiu a retirada dos Capacetes Azuis da península do Sinai, exibindo claros propósitos belicistas, impôs ao Rei Hussein da Jordânia um comando militar unificado sob comando de um general egípcio e fez reunir os estados-maiores sírio e agípcio para acertos.

Acresce que a estes sinais evidentes de hostilidade, solicitou ao embaixador soviético no Cairo ajuda na localização por satélite do dispositivo militar israelita e assessoria permanente de oficiais russos nos serviços de manutenção de aeronaves, sistemas de detecção e anti-aérea (radares e mísseis) e planeamento estratégico. Tamanhas evidências - só não as viu quem não quis - foram seladas com uma aproximação política aos pan-arabistas do Partido Baath (Partido Socialista Árabe), no poder na Síria e com fortes ramificações no Iraque, no Iémen, Líbano e Sudão. Contudo, Nasser, um megalómano cuja popularidade declinante o empurrava para aventuras compensatórias de prestígio fora de fronteiras - guerra no Iémen em 1966 - acabou por ser vítima da manipulação soviética.

Os russos fizeram crer ao ditador egípcio que os isrealitas se preparavam para desferir um ataque inopinado, levando-o a exibir e acelerar os preparativos para uma guerra que ditaria o extermínio do estado Judaico. Disse-o repetidamente, ou mandou proclamá-lo através dos seus emissários na Europa e embaixador nas Nações Unidas. Israel seria apagado do mapa.

Outro mito muito glosado pelos amigos da causa palestiniana estriba-se na ideia que o direito à independência da entidade palestina era apoiada ardentemente pelos líderes árabes antes da derrota de 1967. Ora, Nasser não deu qualquer passo na atribuição de um lar nacional aos palestinos. Pelo contrário, quando tomou posse da faixa de Gaza, após a retirada das forças da ONU, exerceu forte repressão e terá enviado recados aos jordanos para que não tolerassem qualquer veleidade independentista aos palestinianos vivendo na margem ocidental do Jordão.
Quando os isrealitas iniciaram operações no Sinai, enviaram um recado a Hussein da Jordânia. Nesse memorando, hoje conhecido, garantiam ao soberano Hachemita que a integridade territorial da Jordânia não seria tocada caso o país não se envolsee na guerra.

O Rei Hussein estava, porém, privado de qualquer poder sobre as suas forças armadas, que obedeciam a Nasser através do comando árabe unificado. No terceiro dia da luta no Sinai, os jordanos atacaram Israel pelas costas, tendo recebido forte retaliação judaica, que se saldou pela perda de Jerusalém e dos territórios da Margem Ocidental. A ocupação militar desses territórios foi, assim, de inteira culpa do inábil governo jordano.

A guerra de Junho de 1967 não foi uma guerra de agressão: foi uma campanha preventiva. A guerra de 1967 não foi a causa do actual impasse no Médio Oriente, mas apenas confirmou a prevalência israelita num conflito que se iniciara em 1948, quando os países árabes circunvizinhos não aceitaram as disposições da ONU e atacaram o novo Estado hebraico. A guerra de 1967 ditou o início da contestação a regimes laicos socializantes satelizados pela URSS, implicou a radicalização do fanatismo e do integrismo islâmicos e veio confirmar o profundo corte existente entre o Ocidente e o mundo árabe. O mundo árabe escolhera o bloco de Leste. Derrotado e frustrado, virou-se para um passado glorioso mas morto. O mundo árabe fez e continua a fazer as piores escolhas: quis ser socialista quando não devia; quer ser anti-ocidental quando não pode.

Shavuot


quarta-feira, 9 de maio de 2007

Os dias de Dayan



Domingo, em convalescença, sem paciência para leituras exigentes. Dou comigo a ler o Diário da Campanha do Sinai, de Dayan. Este Diário reporta a primeira campanha do Sinai, em 1956, e foi publicado um ano antes da Guerra dos Seis Dias. Faz precisamente quarenta anos, para espanto do mundo inteiro, que uma nação de três milhões bateu em menos de uma semana a bazófia Nasser, um Mussolini de pacotilha, para mais socialista e títere do Kremlin . Aquela campanha relâmpago, preventiva e necessária ao tempo, foi um murro certeiro no prestígio que gozava a URSS no mundo árabe. Dayan, para além de genial estratega - comparam-no a Rommel - arqueólogo e político, era um excelente senhor da pluma. Controverso, carismático, infatigável e coerente até ao fim, era, afinal, um amante da verdadeira paz - sem concessões ao terrorismo e a ataques inopinados contra o seu povo - pois advogava a imediata devolução da Faixa de Gaza e da Margem Direita do Jordão aos árabes.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Lapso Lamentável

Miguel Portas e o Hezbollah

Via O Insurgente

David Oppenheimer, na Atlântico 26:
Mas é o Hezbollah quem verdadeiramente conquistou o coração de MP. A abordagem hagiográfica a Nasrallah transforma qualquer discurso do líder do movimento num exercício de sabedoria e moderação. O Xeque é citado à exaustão (p. 153). MP dá-lhe mais do que o benefício da dúvida – aceita e repete as ideias do líder do Hezbollah de forma quase naïf,enquanto todos os outros actores da região merecem uma abordagem céptica e crítica. MP, na ânsia de sentir empatia pelo inimigo figadal israelita, projecta um imaginário ideológico passé no conflito do Líbano.

(…)

Resumindo, este livro é mais um sintoma da tendência generalizada da Esquerda e da Direita europeias se alinharem de forma acéfala “contra” ou “a favor”de Israel – especialmente em Portugal. E o problema vai bem mais fundo do que o velho debate sobre pró e anti-americanismo.

Sara

Via A Natureza do Mal

A D. Quixote traduziu e o Ipsilão deste fim-de-semana entrevistou a autora, Tatiana de Rosnay. O livro relata um episódio triste da ocupação nazi da França. Em 16 e 17 de Julho de 1942 a polícia francesa prendeu milhares de judeus que levou para um pavilhão desportivo, o Velodrome d'Hiver. Aí começou uma tortura que acabaria em morte nos campos de Drancy e Auschwitz. A rusga da noite de 16 de Julho ficou conhecida pela Raffle du Vel d'Hiv, mas só há pouco tempo é do domínio público. Já o Rui Bebiano escreveu sobre isto, a propósito de um livro de história contemporânea. O que hoje sabemos sobre o Holocausto, sobre o colaboracionismo francês, sobre o comportamento do Exército Vermelho na marcha para Berlim e nos combates que levaram à queda e rendição do III Reich, é matéria de divulgação recente. (...)


Os polícias que levaram para o hipódromo famílias inteiras, os vizinhos que calaram, os que os enviaram para Drancy, onde Max Jacob morreu de inanição, os que conduziram os comboios, os guardas dos campos de extermínio, eram gente como nós. Gente como nós em situações excepcionais. É preciso perceber como se geram as circunstâncias excepcionais, como cresce a bestialidade, como se cria o clima que torna possível que o gendarme francês se transforme em verdugo. Há dias em que pensamos que somos todos judeus alemães, que somos todos berlinenses e nos orgulhamos do que somos. Mas somos todos polícias franceses. Quando reina o medo e a insegurança, quando há pouca comida, quando ressoa o silêncio nos jornais, quando aos mais fracos não é reconhecida toda a humanidade, nesses dias podemos ser todos polícias franceses, cumprindo exemplarmente as ordens do ocupante.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Baruch Haba

Esnoga Portuguesa de Amesterdão - Santo Serviço

quarta-feira, 25 de abril de 2007

O Judaísmo aceita as Barbies!

Hallelujah Euro-festival da canção 1979 - Israel

Apontar os judeus a dedo


O anti-semitismo como defeito moral e intelectual


Brilhante artigo de Patríca Lança d´O Insurgente

1. O anti-semitismo, como qualquer outra obsessão xenófoba é uma doença da alma, porque corrói e subverte os nossos sentimentos de solidariedade humana.

2. O anti-semitismo, porém, é a pior dessas doenças porque é a mais antiga e a que mais estragos e sofrimento têm causado tanto às vítimas como aos perseguidores.

3. O preconceito contra os judeus tem a sua origem no ódio persistente da sociedade pré-industrial ao capitalismo.

4. Os judeus, tendo sido expulsos da sua terra pelos romanos como castigo pela sua revolta contra o império, espalharam-se por todo o mundo conhecido e sobreviveram através do comércio.

5. Sendo um povo em que todos eram alfabetizados, foram muito bem sucedidos nos negócios.

6. Sendo um povo monoteísta e com as suas sagradas escrituras tinham um cimento poderoso para conservar a sua identidade e as ligações entre as suas comunidades.

7. Os camponeses de maneira geral odeiam e invejam os mercadores e os intrusos.

8. Os nobres improdutivos e dedicados à caça e à guerra sempre procuraram empréstimos onde havia dinheiro, quer dizer entre os judeus.

9. O devedor de maneira geral não gosta do credor.

10. A melhor maneira de liquidar as dívidas era de incitar os camponeses (que também tinha as suas próprias dividas) a pilhar os bens dos judeus e correr com eles. Daí a frequência dos pogroms.

11. Foi o próprio Marx quem disse que os judeus sentiram no capitalismo como peixes na água.

12. Foi o florescimento do capitalismo que trouxe a emancipação dos judeus.

13. O saudosismo dos tempos medievais pré-capitalistas anda muitas vezes em paralelo com o anti-semitismo.

14. A expulsão dos judeus da península ibérica foi uma das principais causas da decadência das outrora grandes potências: foi a expulsão da sua classe média. Quem veio a beneficiar foram os países baixos e a Inglaterra.

15. As contribuições materiais, morais, culturais e científicas dos judeus para o progresso de humanidade, proporcionalmente ao seu número excedem de longe as contribuições de qualquer outro povo.

16. A doença do anti-semitismo, quando encontrada em gente culta tem geralmente a sua origem no sentimento de inveja e a consciência de mediocridade. São estes impulsos atávicos que explicam o histerismo antijudaico dos islamistas.

17. A expressão anti-anti-semitismo é um nonsense. O que existe é a aversão ao anti-semitismo, uma posição perfeitamente fundamentada e partilhada por todas as pessoas sensatas. O que não quer dizer que seja desejável que essa aversão fosse traduzida em legislação. Não se pode legislar sobre os preconceitos ou a imbecilidade.

18. Em toda a parte os judeus são os melhores imigrantes, com a mais baixa taxa de criminalidade e das mais altas de produtividade.

19. Israel é uma pequena ilha ocidental e de progresso num oceano medieval.

20. O dever de todas as pessoas de bem é de defender Israel e o seu povo.

A Europa, o Holocausto e o Negacionismo.


Artigo de Tiago Barbosa Ribeiro no blogue Kontratempos

Foi recentemente aprovada uma proposta para proibir em toda a União Europeia a negação do Holocausto. A iniciativa da Alemanha suscitou a oposição dos países escandinavos, da Irlanda e do Reino Unido, com uma razão fundamental que também partilho: a liberdade de expressão.Entendamo-nos sem margem para erros. O século XX europeu foi o ventre de uma das maiores tragédias da Humanidade e certamente aquela que mais brutalmente evidenciou até onde podem ser levados o anti-semitismo, o racismo e as ideologias de massas. Nada disso é discutível. O Holocausto traduziu-se num genocídio que industrializou a morte, a barbárie e a chacina metódica de seres humanos pelo simples facto de terem uma história, uma religião e uma cultura. De serem humanos.

Perante o abismo sanguinário que foi alimentado muito longe das linhas da frente da Segunda Guerra Mundial, nos tenebrosos campos do Leste, choca-nos -- e bem -- que alguém possa colocar em causa a dimensão e o significado do Holocausto. Mas há quem o queira fazer: os dirigentes do Irão, os extremos ideológicos europeus, os «historiadores» negacionistas. Logo, não importa tanto quem o faça, mas qual a melhor forma de lidar com essas ofensivas.O anti-semitismo, a xenofobia e o incitamento ao ódio devem ser radicalmente punidos em todos os países democráticos e tolerantes -- e regra geral já o são. Podemos então afirmar que o negacionismo do Holocausto é em si mesmo uma manifestação de anti-semitismo? Certamente. Mas não é matéria de índole criminal. As margens são complexas, bem sei, e não é fácil distinguir propaganda anti-semita de «divergências políticas», sobretudo quando o Holocausto não é matéria de divergência política e sabemos perfeitamente que os grupos radicais anti-semitas utilizam o delito de opinião para salvaguardar a prática de actos delinquentes.

Mesmo sabendo tudo isso, continuo a não concordar com a proposta da Alemanha -- orientada pelos melhores motivos, não discuto -- que foi imposta aos outros países da UE. Por um motivo simples: ela não protege os judeus nem a memória dolorosa da Holocausto. Falha completamente nesse objectivo e irá fortalecer os radicais negacionistas na sua causa, rapidamente transmutável numa bandeira de liberdade de expressão reclamada pelos herdeiros das ideologias assassinas do século XX europeu.

Há igualmente o problema muito acentuado da uniformização de uma lei destas à escala europeia e do perigo de se estabelecerem escalas e graus de comparação entre o Holocausto e outras barbáries. Isso já foi visível quando os países do Leste se organizaram para equiparar a suástica à foice e ao martelo e proibir ambos os símbolos em toda a UE. Será que qualquer um dos países europeus que teve a sorte de ficar do lado certo do Muro de Berlim pode em rigor negar às vítimas do terror comunista uma equivalência moral com outros abismos ideológicos das últimas décadas? Não pode, claro. Mas também não deve aceitar quaisquer proibições.

Todavia, para que isso seja possível, não podem existir crimes mais criminosos do que outros, mais susceptíveis de serem criminalizados do que outros, com mais ou menos mortos do que outros. As discussões não podem nunca ir por aí. O Holocausto tem uma excepção moral que eu partilho até à última molécula, que defenderei contra todas as investidas, mas a proibição do negacionismo é um erro. Por muito duro e complexo que isso possa parecer, só assim será possível vivermos conjuntamente nas sociedades democráticas que erguemos depois de todos os choques do século XX. Não há outra forma. Ou não abrimos de todo esta caixa de pandora, ou nunca mais a conseguiremos fechar.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Manifesto


Manifesto - Queremos agradecer ao amigo Tiago Barbosa Ribeiro do blogue Kontratempos por ter feito chegar este manifesto ao blogue da CIP. O blogue é apartidário mas solidariza-se perante todas as iniciativas que visem combater o anti-semitismo, judeofobia e a difamação do Estado de Israel.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

terça-feira, 3 de abril de 2007

Concerto na Sinagoga do Porto

Ladino - Concerto de cantos, por Vanessa Paloma (E.U.A.). Dia 5 de Abril pelas 21:30 na Sinagoga Kadoorie-Mekor Haim, Porto. Entrada livre.

Páscoa Judaica


Chag Pessach Sameach, são os votos sinceros da Comunidade Israelita do Porto.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Lançamento


LANÇAMENTO EM PORTUGAL DA BÍBLIA HEBRAICA (TANACH)COM JAIRO FRIDLIN DA EDITORA E LIVRARIA SEFER, A LIVRARIA JUDAICA DO BRASIL


(A versão em português do Tanach tem 880 páginas, capa dura de luxo e uma lombada de apenas dois centímetros e meio, porque empregou-se o chamado papel bíblia, cuja folha pesa apenas 44 gramas. O livro é uma obra coletiva. Ele o traduziu junto com David Gorodovits, do Rio, e teve a revisão técnico-religiosa dos rabinos Marcelo Borer, Daniel Touitou e Saul Paves, e dos professores Norma e Ruben Rosenberg, Daniel Presman e Marcel Berditchevsky.)


- 27 de Março pelas 18:30 na FNAC do Chiado. Este evento conta com o apoio da FNAC, APEJ (Associação Portuguesa de Estudos Judaicos) e da CIL (Comunidade Israelita de Lisboa)- 28 de Março pelas 22:00 no Clube Literário do Porto. Este evento conta com o apoio da Ladina (Associação de Cultura Sefardita) e do CLP (Clube Literário do Porto).

domingo, 4 de março de 2007

Haman

O perverso (persa) Haman que pretendia exterminar os judeus, encontrou dois valentes oponentes nas figuras da rainha Ester e do seu tio Mordecai.
Perante os ventos de anti-semitismo provenientes novamente da Pérsia, gostaríamos de lembrar que a denúncia de tal comportamento, é um imperativo moral.
O mundo não pode ficar calado perante as ameaças que sopram do golfo pérsico!

Delícias de Purim

Oznei Haman.

Purim Sameach

O que é a festa de Purim? Descubra aqui!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

BeShalah 5767




A divisão do Mar Vermelho é um acontecimento esculpido na memória do Povo Judaico. Até recitamos os versículos da Kiriat Iam Suf, todos os dias na oração a fim das Zemirot, os salmos de introdução a Shaharit, naquela que é comummente chamada Shirat HaIam, O cântico do Mar. Outra vez falamos dela depois da leitura do Shema Israel e antes da Amidá, a oração principal em Shaharit. Se pode dizer que foi o milagre supremo do êxodo do Egipto. Mas em que sentido?
Temos que pôr atenção as palavras da Torá, e podemos perceber principalmente duas perspectivas:
E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes qual muro à sua direita e à sua esquerda. (êxodo 14,22)
As águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros, todo o exército de Faraó, que atrás deles havia entrado no mar; não ficou nem sequer um deles. (Ibid. 14,28)
Mas os filhos de Israel caminharam a pé enxuto pelo meio do mar; as águas foram-lhes qual muro à sua direita e à sua esquerda. (Ibid. 14,29)

A mesma coisa vê-se na Shirat HaIam:
Ao sopro dos teus narizes amontoaram-se as águas, as correntes pararam como montão; os abismos coalharam-se no coração do mar.(Ibid. 15,8)

A ênfase aqui é posta sobre as dimensões milagrosas do que aconteceu. A agua que geralmente flúi, estava direita com um muro; o mar abriu-se mostrando a terra seca. As leis da natureza forma suspensas temporariamente, alguma coisa aconteceu que não podia-se explicar cientificamente.

Mas a pôr mais atenção se pode reparar que há algo mais:
Então Moisés estendeu a mão sobre o mar; e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite, e fez do mar terra seca, e as águas foram divididas. (Ibid. 14,21)

Aqui não há uma mudança improvisa no comportamento da agua, sem causa especifica. D-us traz um vento que no curso de varias horas, faz dividir as águas.
Consideramos agora esse versículo:

Na vigília da manhã, o Senhor, na coluna do fogo e da nuvem, olhou para o campo dos egípcios, e alvoroçou o campo dos egípcios; embaraçou-lhes as rodas dos carros, e fê-los andar dificultosamente; de modo que os egípcios disseram: Fujamos de diante de Israel, porque o Senhor peleja por eles contra os egípcios. (Ibid. 14,24-25)

Aqui a ênfase é posta mais sobre um tipo de ironia que sobre o milagre. A especialidade dos Egípcios, que os fazia quase invulneráveis, era os carros e os cavalos. Até no período do Rei Salomão era assim:

Também ajuntou Salomão carros e cavaleiros, de sorte que tinha mil e quatrocentos carros e doze mil cavaleiros, e os distribuiu pelas cidades dos carros, e junto ao rei em Jerusalém. (Reis 1 10,26)
E subia e saía um carro do Egipto por seiscentos siclos de prata, e um cavalo por cento e cinqüenta; e assim, por intermédio desses mercadores, eram exportados para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria. (Ibid. 10,29)

Olhando dessa perspectivas, os acontecimentos da nossa Parashá podem ser descritos da forma seguinte: Os Israelitas chegaram ao Mar Vermelho num ponto onde este era muito baixo. Talvez havia uma parte alta no leito do mar que geralmente era coberta pelas águas, mas que ocasionalmente, a causa do forte vento foi descoberta.
Assim escreve um famoso físico Colin Humpherys no livro “Os milagres do Êxodo”:

“Fluxos de vento são muito bem conhecidos pelos oceanógrafos. Por exemplo um forte vento que soprou no lago Erie, um dos Grandes Lagos, causou diferenças na elevação das aguas de quase 16 pés, no oeste e no leste dos Estados Unidos. Napoleão também, escreveu que foi quase morto por um “improviso e alto fluxo de águas” quando estava a atravessar uma parte seca no mar perto do Golfo de Suez.”

No caso do vento que descobriu uma zona alta do leito do mar, as consequências, foram dramáticas: De repente os Israelitas, andando a pé, tiveram uma vantagem imensa sobre os Egípcios com seus cavalos e carros. As rodas dos carros bloquearam-se na lama. Os soldados que conduziam os carros fizeram de tudo para sair dali, mas logo depois reparando que estavam a afundar mais na lama. O exército Egípcio não podia nem retirar-se nem avançar. Eram tão empenhados em liberar os carros da lama, e tão relutantes eram em deixar as suas preciosas máquinas de guerra, que não repararam que o vento fez voltar as águas. E quando reparam era já tarde para poder sair daquela armadilha. O soalho já se estava a encher de águas de todos os lados, e aquela ilha no meio do mar se estava a tornar mais pequena. O maior exercito da antiguidade foi perdeu, e os seus guerreiros afogados, não por um exercito superior nem pelo esforço de homens, mas por aquela mesma loucura que os fez concentrar só em capturar os Israelitas, sem reparar que estavam a andar na lama, onde os seus carros não podia ir.

Temos então duas formas de ver esses acontecimentos. Uma natural e uma milagrosa, super natural.
A explicação sobrenatural, a das águas que se levantaram como muros destruindo os egípcios, é extremamente potente e é por isso que se gravou na memória dos israelitas.
Mas a explicação “natural”, não é menos surpreendente: A força Egípcia ganhada pela sua mesma fraqueza. A fraqueza dos Israelitas, tornou-se a sua força. Desse ponto de vista, o aspecto sobrenatural é menos importante daquele moral. D-us castiga os pecadores, Ele goza com aqueles que gozam Dele. Ele mostrou ao exercito egípcio que os fracos eram fortes naquele dia – Exactamente como fez com Bilaam que se exaltava dos seus poderes profético e ao qual foi demonstrado que a sua mula - que podia ver o anjo enviado quando Bilaam não podia – tinha poderes maiores do que ele!!!
Em outras palavras, um milagre não é necessariamente uma coisa que para as leis da natureza. È as vezes um evento do qual pode haver uma explicação natural, mas, acontecendo quando, onde e como foi, nos deixa surpreendidos, assim que até a pessoa mais séptica sente que D-us interveio na historia. Os fracos são salvos, os que estavam em perigo postos em lugar seguro.

E mais significativo ainda é a mensagem moral que esse acontecimento nos ensina: a hubris é punida pela nemesis. O soberbo é humilhado, e o humilde exaltado, que há justiça na história, muitas vezes escondida mas também gloriosamente revelada.

Não todos os sábios judeus deram importância ao aspecto sobrenatural da intervenção Divina na história; O Rambam por exemplo escreveu.

“Os Israelitas não se acreditaram em Moisés a causa das milagres que cumpriu. (porque) Quando a fé de alguém é baseada sobre milagres, há sempre uma pequena duvida que esses milagres tinham estados cumpridos através da magia o da bruxaria. Todos os sinais que Moisés cumpriu no deserto, foram cumpridos porquê necessários e não para demonstrar as suas credenciais de profeta” (Hilchot Iessodé HaTorá 8, 1)

O Rambam diz então, que o que fez de Moisés o maior profeta não foram os milagres que cumpriu, mas que trouxe a Torá aos Israelitas, do Monte Sinai.
Doutro lado Ramban (Nachamanides) tem uma opinião um pouco diferente, enfatizando o fenómeno que ele chama um “milagre escondido”, um acontecimento que inclusive ficando nas regras da natureza, é incrivelmente surpreendente, como por exemplo a existência do universo, a nossa existência, etc.
Einstein dizia que D-us não joga a dados com o universo: A incrível complexidade da vida, a improbabilidade da existência (o que hoje chama-se o principio antropico), são fenómenos descobertos pela ciência e não desafiados por ela,
A genialidade da narrativa Bíblica, na história da passagem do Mar vermelho, está no feito que não resolve o fenómeno duma forma ou da outra, mas nos dá as duas perspectivas. Para alguns o milagre é a suspensão das leis da natureza, para outros o feito que haja uma explicação natural não faz do acontecimento algo menos milagroso:
Que os Israelitas chegaram ao mar exactamente quando houve aquele vento e abaixamento das águas, que o maior exército daquela época foi infamemente humilhado e ganhado…Todas essas coisas são milagres que nunca serão esquecidos.

Shabat Shalom e Tu BiShevat Sameah!!!!

domingo, 28 de janeiro de 2007

Parashat “Bó”



Resumem.

As primeiras partes da parashá descrevem as pragas dos gafanhotos e da escuridão com as quais D-us puniu o Egipto.

Logo depois da última praga, a morte dos primogénitos, os Israelitas são comandados de pedir aos egípcios todos seus objectos de valor, fazendo isso.

Moshé Rabenu, também é comandado de preparar os Israelitas ao sacrifício de Pessah, de marcar as portas das suas casas com o sangue do sacrifício e também de guardar esse preceito (o sacrifício) e a festa do pão ázimo (Pessah) em todas as gerações a seguir. Em fim, vemos que os Israelitas obedecem a todas as directivas que Moshe lhes dá.

A praga da morte dos primogénitos, a ultima da ordem, é aquela que submete o Faraó e o convence a deixar libré o povo de Israel, o qual sai do Egipto com grandes propriedades e ao qual agrega-se muita gente.

A parashá conclui com as regras da comida do sacrifício de Pessah, do pão ázimo (Matsá) e do hamets, da separação dos primogénitos e do relativo resgate, e em fim, dos Tefilin o qual objectivo final é de recordar D-us e a Sua rigorosidade para com o Egipto.

Reflexões.

A saída do Egipto é a primeira redenção na história de Israel, e temos que apreender dela sobre a nossa futura redenção.

Porque os Israelitas mereceram-se ser libertados do Egipto? Sabemos que o pacto dos patriarcas já existia: D-us prometeu a Abraão no “pacto das partes”, que depois de 400 anos seus descendentes serão libertados do Egipto.

Mas ainda temos que perceber porque é que D-us prometeu isso a Abraão.

Parece que foi apenas graças aos méritos dos patriarcas que foram libertados os Israelitas, e que eles só conseguiram guardar, inclusive em condições de exílio, a chispa daquele grande fé que os antepassados acenderam.

E com todo isso, inclusive estando no meio daquele povo dedicado a idolatria, o Egipto, voltaram todos a fé verdadeira, sacrificando, e assim desapreciando, os deuses do Egipto, os carneiros, mesmo na cara dos Egípcios!

E assim é que foi fixada uma lei pelas gerações vindouras: “Todos os profetas nos comandaram de fazer Teshuvá (retorno ao recto caminho), e assim os israelitas serão redimidos no futuro, só fazendo Teshuvá”.

E se os israelitas farão Teshuvá de espontânea vontade, merecerão também a promessa do profeta Micha: Eu lhes mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito……Mostrarás a Jacó a fidelidade, e a Abraão a benignidade, conforme juraste a nossos pais desde os dias antigos.”

Parashat Vaerá 5767


Esta Parashá e seguinte nos introduzem nos acontecimentos da missão de Moshé Rabenu; nos apresentam uma ampla exposição das varias negociações que houveram entre Moshé e o Faraó para obter a liberação de Israel da escravidão. Essas parashiot nos demonstram como se determinou a comprida série de castigos, conhecidos pelo nome de pragas, a causa dos quais o malvado Faraó tinha que convencer-se a deixar livre o povo de Israel.

Uma pergunta, uma dúvida que pode surgir sobre todos esses acontecimento é a seguinte: se D-us já tinha decidido a libertação de Israel, qual foi o fim de todas essas punições? Não podia ser suficiente apenas uma praga solene, uma manifestação da omnipotência divina para ganhar a prepotência do Faraó e resgatar Israel da escravidão? A essas perguntas se pode responder usando as mesmas palavras que Moshé pronunciou em frente ao Faraó: “mas, na verdade, para isso te hei mantido com vida, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.” (Êxodo 9, 16). Esse gradual e lento processo de provas e punições faz parte dum plano divino: D-us mostrando a Sua tolerância para com o pecador, Quer também dar ao Egipto e ao Faraó uma série de grandes ensinamentos sobre a verdade Divina e os critérios da justiça no mundo, porque não é só a Israel que D-us se revela, mas ao mundo inteiro!

Mesmo no meio dum povo de idolatras, em frente a uma das nações mais potentes daquela altura, devia revelar-se a grandeza do D-us Único. É assim que mesmo aquele Faraó que disse “Quem é D-us para que eu ouça a Sua voz?”, mais tarde admitirá a verdade com as palavras: “ o Senhor é justo, mas eu e o meu povo somos a ímpios.” (Êxodo 9, 27). Mas esta revelação de D-us em frente dum povo estrangeiro e idolatra, era necessária também para Israel, sob outro aspecto. Quem podia convencer ao povo de Israel gritando baixo as cadeias da escravidão? Quem podia acreditar que com aquelas terríveis condições seria também chegada a salvação? Podia apenas a força humana mudar radicalmente aquela situação? Podia a intervenção de homens, também de grandes guias como Moshe e Aharon, acabar com aquele pesadelo? Sim, mesmo naquela condição que parecia desesperada, na qual a mão do homem era incapaz de obter nenhum sucesso, ali tinha que demonstrar-se a potencia de D-us, para ensinar ao povo de Israel a influencia da providencia na historia.

Então a liberação de Israel, não será obtida com a intervenção humana, porque nenhuma força nem homem podia fazer aquilo que já Israel achava perdido: “…pois por uma poderosa mão os deixará ir…” (Êxodo 6, 1). Assim Israel apreendeu a conhecer directamente D-us, por aquelas verdades que a mesma história, as mesmas experiências da vida mostram.

È assim que todos os acontecimentos de Israel no Egipto, transformam-se num ponto inesquecível da historia humana e então o ponto de nascimento dum povo: um grupo de pessoas que até agora eram apenas descendentes da mesma família, a família de Avraham, e tinham recebidos a mesma educação, e que agora experimentam e testemunham os ensinos do patriarca, no só entre eles mas em frente do mundo inteiro.

Quero concluir dizendo que é essa a peculiaridade dos judeus, que nunca se podem comparar as outras religiões:

Uma fé – Que nasce com os ensinamentos de Avraham e afirma-se com os acontecimentos do Egipto;

Uma forte identidade nacional – Que é a união familiar da casta de Avraham e de todo que entra a fazer parte disso;

Uma identidade territorial – a amada Terra de Canaan, prometida por D-us na qual Israel cumprirá a sua tarefa. Três caracteres inseparáveis do Povo de Israel.

Torã, Nação e Terra, o lema do nosso povo…Torat Israel, Am Israel, Erets Israel!

Shabat Shalom

Rabino Eliezer Shai Di Martino

Palavras de bênção pelo grupo de ex-crypto-judeus do Porto que passou com grande sucesso o Beit Din de retorno ao Judaísmo em Jerusalém.



“Esses são os nomes dos filhos de Israel que chegaram ao Egipto….” (parashat Shemot, Sefer Shemot)

Assim abre-se o livro de Shemot, Êxodo, e é com essa Parashá que se abre também um novo capitulo pela comunidade judaica do Porto, e com licença, quero fazer uma releitura desse versículo: “Esses são os nomes dos filhos de Avraham Israel ben Rosh”que chegaram ao Portugal:

Iossef, Keren e Eliahu; Nahshon, Hana e Shemuel; Ieoiakim e Miriam; Baruch Israel; Iossef Imanuel; Reuven Elazar; Arie; Iossef; Rivka; Iael.”

Aqui com a Parashá de Shemot nasce o povo de Israel. E também com essa parashá começa o renascimento do Povo de Israel no Porto.

Há varias situações paralelas entre as duas histórias:

A escravidão no Egipto dos filhos de Israel;

A escravidão espiritual dos judeus sob a inquisição cristã (Shem reshaim irkav!)

A fim das cadeias da escravidão, guiados por um grande leader: Moshe Rabenu;

A fim do medo e a assunção publica do próprio judaísmo, também guiados por um grande leader: Avraham Israel ben Rosh.

A inveja, as malas línguas e a falta de fé em D-us e no seu profeta Moshe Rabenu;

As infâmias e as malas línguas contra o Avraham Israel ben Rosh.

A punição: 40 anos no deserto, e não ver a terra de Israel;

A punição: mais de 40 anos o processo de retorno foi parado.

Os filhos e netos da geração do deserto vieram a terra de Israel;

Os netos do Avraham Israel ben Rosh, vieram acontecer o retorno oficial;

No quero continuar nas comparações…A próxima seria a ultima profecia de Moshé, o qual vê no futuro vários acontecimentos infelizes e expressa a sua severidade para com os filhos de Israel….

Mas hoje não é dia de ralhos e repreensões, nem sobretudo dia de profecias….o que sim hoje é, é uma ocasião para abençoá-los:

O Povo de Israel lhes da as boas vindas! Ou melhor os “bons retornos”! Como uma mãe que recebe o amado filho que volta duma dura guerra.

Bênçãos de bom sucesso no cumprimento do compromisso que fizeram;

Bênçãos de bom sucesso no crescimento espiritual;

Bênçãos de bom sucesso na construção ou inicio duma família judaica.

Agora ninguém mais os umiliará ….Não deixem que ninguém mais os chame “Goiim”!

Vários sábios dizem que a força dos Guerim é o conhecimento…Demonstrem ao mundo judaico que os descendentes dos judeus portugueses podem ser a Elite dos judeus, assim como foram no passado!

A tarefa é difícil….mas não esqueçam um famoso ditado do Talmud: “ Rabi Abahu disse: No lugar onde está um Baal Teshuvá (Aquele que retorna lit.), nem um justo perfeito pode estar….”

BehatslaHá, rabino Eliezer Shai Di Martino

Tertúlias Ladina


Tertúlias Ladina
Terá lugar no Clube Literário do Porto no próximo Domingo 28 de Janeiro
de 2007
pelas 22H, com o tema: "EDUCAÇÃO HEBRAICA À LUZ DA TORA", pelo
Dr. Luis Gonzaga Grego.

Publicidade Institucional - Cultura


A Comunidade Israelita do Porto convida-o a assistir à projecção
comentada do filme "Noite e Nevoeiro" de Alain Resnais, na Sinagoga Mekor Haim, no próximo domingo, dia 28 Janeiro, às 18h00, sessão organizada com a colaboração da Ladina, Associação de Cultura Sefardita.

A Comunidade Israelita do Porto

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A força das convicções


Não podeíamos esquecer um especial agradecimento a Michael Freund, presidente da Shavei Israel e ao rabino Eliahu Birnbaum, pelo apoio, carinho e dedicação que tiveram desde sempre para com a Comunidade Israelita do Porto e com a causa Bnei Anussim.
(na fotografia, da esquerda para a direita: Aaron Abecassis, Michael Freund e rabino Eliahu Birnbaum)
We can not forget all the help, love and dedication that Michael Freund and rabbi Eliahu Birnbaum from Shavei Israel gaved to Oporto Jewish Congregation.
G/d bless you.
(photo-from the left: Aaron Abecassis, Michael Freund and Rabbi Eliahu Birnbaum)

Convidados - Comunidade Israelita de Lisboa


O presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, senhor Hulman Carp juntamente com a doutora Esther Muznick estiveram presentes na festa de inauguração da nova Mikvé da Comunidade Israelita do Porto.
A Comunidade Israelita do Porto agradece desde já, o vosso sentido e fraterno apoio.

Inauguração da Mikvé - New Mikvé


O senhor Aaron Abecassis (Los Angeles-California) foi o grande benemérito, que contribuiu para a construção da nova Mikvé da Comunidade Israelita do Porto.
Desde já, um muito obrigado. Os seus actos de benemerência mostram ao mundo um dos fundamentos da vida judaica: a solidariedade entre irmãos.
Bem haja!
Na fotografia temos o senhor Aaron Abecassis(esquerda) e o Grande Rabino de Israel Yona Metzger(direita).
Mr. Aaron Abecassis Was the great benemerit who helped the congregation to rebuild a new casher Mikvé.Thank you very much for your friendship.
(photo-Left:Mr Aaron Abecassis. Rigth:Chief Rabi Of Israel, Yona Metzger)

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Convite


Visita Ilustre - Israel Chief Rabbi, Yona Metzger visits Oporto

O Grande Rabino de Israel, HaRav Yona Metzger estará hoje (23 de Janeiro) presente na Sinagoga do Porto, para a inauguração da nova Mikvé da Comunidade.
A reconstrucção da mikvé comunitária só foi possível com a ajuda da organização Shavei Israel e da família Abecassis.

Israel Chief Rabbi, HaRav Yona Metzger, will be today (23 de January) in Oporto´s synagogue for the inauguration of the new Communal Mikvé.
The reconstruction of the communal Mikvé was only possible with the support of the Israeli organization: Shavei Israel and the Abecassis Family.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007