Retirado d´O Apaniguado
Via LGF - Reino Unido - O número de ataques contra judeus aumentou de forma assustadora. O islão militante, a esquerda multicultural e a velha direita fascista são o tridente de ataque contra a presença judaica nas ilhas britânicas. É uma espécie de "open season on jews". A reportagem é de Richard Littlejonh e o vídeo abaixo reproduzido refere-se à primeira parte. Os restantes segmentos (5) podem ser vistos aqui.Nota: Os judeus foram expulsos de Inglaterra no período medieval e só regressaram no século XVII quando os judeus portugueses procurando refúgio, requereram a Olivier Cromwell autorização para viverem em terras britânicas. Manuel Dias Soeiro (aliás Menasseh Ben Israel) foi o homem que abriu as portas a uma convivência quase perfeita entre judeus e britânicos. Mas depois chegaram os membros da religião da paz...
quarta-feira, 18 de julho de 2007
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Quem é judeu?
Por Júlio Silva Cunha, n`O Apaniguado
A lei judaica (halakhá) entende que é judeu, quem seja filho de mãe judia ou que ele próprio tenha-se convertido ao judaísmo.Esta é a definição clássica que os não-judeus facilmente assimilaram. Contudo, para a lei judaica existem outros requisitos.Para alguém poder ser considerado como filho de mãe judia, tem que provar que esta última não se converteu a outra religião.
Vamos ver o caso de Karl Marx. A mãe e o pai eram judeus. Antes do nascimento de Marx converteram-se ao luteranismo. Marx foi educado na religião luterana.Para os judeus e segundo a sua lei, Marx não era judeu. A mãe, antes do seu nascimento, converteu-se a outra religião.
Esta questão é essencial pois faz com que os filhos dsessa senhora não possam ser considerados judeus. Um judeu não pode ser judeu-luterano ou judeu-budista ou judeu-muçulmano. A definição faz-se pela adesão a uma única fé.Por outro lado, temos o caso da vontade pessoal e da conformação identitária do indivíduo; Marx sempre se afirmou como não judeu. Em jovem sempre se considerou como alemão e luterano, mais tarde simplesmente como socialista.
Mesmo que alguém tenha nascido judeu, se ao longo da vida se converter a outra religião, perde esse estatuto. Como dizia o Miguel Castelo Branco, estamos perante uma comunidade que não se fundamenta na raça mas na etnicidade. Etnicidade no sentido helénico - comunidade linguística, religiosa (o mesmo panteão), de valores morais e éticos - o que retira a ideia de raça (na sua dimensão de cor/pigmentação) ao judaísmo.Povo, enquanto comunidade de valores comuns, mas não de similitude racial. Nesse sentido, o judaísmo sempre foi pluri(racial).
O caso dos filhos de Hertzl é paradigmático do conceito de permanência judaica. Hertzl e a mulher eram sem dúvida alguma judeus. Sobre os filhos de ambos pesou a dúvida que tinham-se convertido ao cristianismo. O Estado de Israel tentou transladar o corpo dos filhos de Hertzl para Israel para poderem serem sepultados num cemitério judeu. Os rabinos chefes de Israel oposeram-se durante décadas a essa transladação enquanto não tivessem provas de que os filhos de Hertzl não se tinham convertido a outra religião.
Qual a razão de ser deste zelo?Num cemitério judaico só podem ser sepultadas pessoas dessa fé. Os "candidatos" podem ser loiros, negros, verdes ou às bolinhas, o que interessa é que sejam de religião judaica. Se são filhos de judeus, mas converteram-se a outra religião, jã não podem ser sepultados num cemitério judaico ou simplesmente serem considerados como judeus.A filiação faz-se pela partilha de valores religiosos e morais.
A pergunta para os liberais. A definição da identidade pessoal faz-se pelo próprio, pela tribo ou pela "comunidade nacional"(não judeus)?
Segundo as doutrinas de certos liberais lusos, a definição faz-se pela comunidade nacional. Assim, apesar do próprio Marx não se coniderar como judeu, a religião judaica não o ver como um dos seus, ele é judeu porque a comunidade nacional (os não judeus) assim o entendem.
O nazismo também aproximou-se desta definição - uma vez o sangue poluído por gotas semitas, para sempre judeu seria considerado.
O judaísmo não acredita no conceito puro e estrito do ius saguini, mas os goym (não judeus) acham o contrário! Que fazer?!
A lei judaica (halakhá) entende que é judeu, quem seja filho de mãe judia ou que ele próprio tenha-se convertido ao judaísmo.Esta é a definição clássica que os não-judeus facilmente assimilaram. Contudo, para a lei judaica existem outros requisitos.Para alguém poder ser considerado como filho de mãe judia, tem que provar que esta última não se converteu a outra religião.
Vamos ver o caso de Karl Marx. A mãe e o pai eram judeus. Antes do nascimento de Marx converteram-se ao luteranismo. Marx foi educado na religião luterana.Para os judeus e segundo a sua lei, Marx não era judeu. A mãe, antes do seu nascimento, converteu-se a outra religião.
Esta questão é essencial pois faz com que os filhos dsessa senhora não possam ser considerados judeus. Um judeu não pode ser judeu-luterano ou judeu-budista ou judeu-muçulmano. A definição faz-se pela adesão a uma única fé.Por outro lado, temos o caso da vontade pessoal e da conformação identitária do indivíduo; Marx sempre se afirmou como não judeu. Em jovem sempre se considerou como alemão e luterano, mais tarde simplesmente como socialista.
Mesmo que alguém tenha nascido judeu, se ao longo da vida se converter a outra religião, perde esse estatuto. Como dizia o Miguel Castelo Branco, estamos perante uma comunidade que não se fundamenta na raça mas na etnicidade. Etnicidade no sentido helénico - comunidade linguística, religiosa (o mesmo panteão), de valores morais e éticos - o que retira a ideia de raça (na sua dimensão de cor/pigmentação) ao judaísmo.Povo, enquanto comunidade de valores comuns, mas não de similitude racial. Nesse sentido, o judaísmo sempre foi pluri(racial).
O caso dos filhos de Hertzl é paradigmático do conceito de permanência judaica. Hertzl e a mulher eram sem dúvida alguma judeus. Sobre os filhos de ambos pesou a dúvida que tinham-se convertido ao cristianismo. O Estado de Israel tentou transladar o corpo dos filhos de Hertzl para Israel para poderem serem sepultados num cemitério judeu. Os rabinos chefes de Israel oposeram-se durante décadas a essa transladação enquanto não tivessem provas de que os filhos de Hertzl não se tinham convertido a outra religião.
Qual a razão de ser deste zelo?Num cemitério judaico só podem ser sepultadas pessoas dessa fé. Os "candidatos" podem ser loiros, negros, verdes ou às bolinhas, o que interessa é que sejam de religião judaica. Se são filhos de judeus, mas converteram-se a outra religião, jã não podem ser sepultados num cemitério judaico ou simplesmente serem considerados como judeus.A filiação faz-se pela partilha de valores religiosos e morais.
A pergunta para os liberais. A definição da identidade pessoal faz-se pelo próprio, pela tribo ou pela "comunidade nacional"(não judeus)?
Segundo as doutrinas de certos liberais lusos, a definição faz-se pela comunidade nacional. Assim, apesar do próprio Marx não se coniderar como judeu, a religião judaica não o ver como um dos seus, ele é judeu porque a comunidade nacional (os não judeus) assim o entendem.
O nazismo também aproximou-se desta definição - uma vez o sangue poluído por gotas semitas, para sempre judeu seria considerado.
O judaísmo não acredita no conceito puro e estrito do ius saguini, mas os goym (não judeus) acham o contrário! Que fazer?!
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Anti-Semitismo Portuense
Praticamente em frente ao cinema Nun`Álvares (a menos de 5 metros da sinagoga do Porto), encontramos este mural de boas-vindas. Para aqueles que defendem que os judeus estão sempre a jogar a carta da vitimização, acreditamos que estas imagens serão tranquilizadoras; não existe anti-semitismo na cidade do Porto!
segunda-feira, 18 de junho de 2007
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Notas sobre o Líbano
Via Combustões
O Líbano de novo a ferro e fogo. Beirute, que se apoiara no Partido de Deus, deixou de confiar em tão seráficas companhias e mendigou uma ponte aérea de emergência aos nefandos norte-americanos, agora salvadores in extremis da periclitante situação em que se encontram as forças governamentais. Os confrontos no norte espalharam-se um pouco por todo o país e só a intervenção da força aérea israelita poderia circunscrever e debelar os focos de levantamento armado palestiniano. Sim, a culpa deve ser dos sionistas, pois os rapazes da Fathaa nunca criaram problemas, como também os governo sírio - de passado impoluto em matéria de acicate de violência fora de fronteiras - e iraniano, conhecido pela moderação com que instrui os seus agentes no Afeganistão e no Iraque. Ontem como hoje, o diapasão dos entusiastas das conspirações falha no alvo: nomeia Israel e não quer ver quem são os financiadores da subversão.
O Líbano de novo a ferro e fogo. Beirute, que se apoiara no Partido de Deus, deixou de confiar em tão seráficas companhias e mendigou uma ponte aérea de emergência aos nefandos norte-americanos, agora salvadores in extremis da periclitante situação em que se encontram as forças governamentais. Os confrontos no norte espalharam-se um pouco por todo o país e só a intervenção da força aérea israelita poderia circunscrever e debelar os focos de levantamento armado palestiniano. Sim, a culpa deve ser dos sionistas, pois os rapazes da Fathaa nunca criaram problemas, como também os governo sírio - de passado impoluto em matéria de acicate de violência fora de fronteiras - e iraniano, conhecido pela moderação com que instrui os seus agentes no Afeganistão e no Iraque. Ontem como hoje, o diapasão dos entusiastas das conspirações falha no alvo: nomeia Israel e não quer ver quem são os financiadores da subversão.
Ainda a Guerra de Junho de 1967
Via Combustões
O assunto é suficientemente escalpelizado no Insurgente para nos perdermos em delongas, mas gostaria de lhe acrescentar dois ou três argumentos, que estimo de peso na reavaliação de um mito histórico que persiste graças a desinformação ou pura má-fé.
É argumento de toda a evidência ter sido a Guerra dos Seis Dias precipitada pela coligação nasserista-baathista. Em Maio de 1967, Nasser declarou o bloqueio marítimo ao porto de Eilat, porta de entrada vital para a sobrevivência do país, interditou o espaço aéreo do Estado judaico, privando-o de reabastecimento, exigiu a retirada dos Capacetes Azuis da península do Sinai, exibindo claros propósitos belicistas, impôs ao Rei Hussein da Jordânia um comando militar unificado sob comando de um general egípcio e fez reunir os estados-maiores sírio e agípcio para acertos.
Acresce que a estes sinais evidentes de hostilidade, solicitou ao embaixador soviético no Cairo ajuda na localização por satélite do dispositivo militar israelita e assessoria permanente de oficiais russos nos serviços de manutenção de aeronaves, sistemas de detecção e anti-aérea (radares e mísseis) e planeamento estratégico. Tamanhas evidências - só não as viu quem não quis - foram seladas com uma aproximação política aos pan-arabistas do Partido Baath (Partido Socialista Árabe), no poder na Síria e com fortes ramificações no Iraque, no Iémen, Líbano e Sudão. Contudo, Nasser, um megalómano cuja popularidade declinante o empurrava para aventuras compensatórias de prestígio fora de fronteiras - guerra no Iémen em 1966 - acabou por ser vítima da manipulação soviética.
Os russos fizeram crer ao ditador egípcio que os isrealitas se preparavam para desferir um ataque inopinado, levando-o a exibir e acelerar os preparativos para uma guerra que ditaria o extermínio do estado Judaico. Disse-o repetidamente, ou mandou proclamá-lo através dos seus emissários na Europa e embaixador nas Nações Unidas. Israel seria apagado do mapa.
Outro mito muito glosado pelos amigos da causa palestiniana estriba-se na ideia que o direito à independência da entidade palestina era apoiada ardentemente pelos líderes árabes antes da derrota de 1967. Ora, Nasser não deu qualquer passo na atribuição de um lar nacional aos palestinos. Pelo contrário, quando tomou posse da faixa de Gaza, após a retirada das forças da ONU, exerceu forte repressão e terá enviado recados aos jordanos para que não tolerassem qualquer veleidade independentista aos palestinianos vivendo na margem ocidental do Jordão.
Quando os isrealitas iniciaram operações no Sinai, enviaram um recado a Hussein da Jordânia. Nesse memorando, hoje conhecido, garantiam ao soberano Hachemita que a integridade territorial da Jordânia não seria tocada caso o país não se envolsee na guerra.
O Rei Hussein estava, porém, privado de qualquer poder sobre as suas forças armadas, que obedeciam a Nasser através do comando árabe unificado. No terceiro dia da luta no Sinai, os jordanos atacaram Israel pelas costas, tendo recebido forte retaliação judaica, que se saldou pela perda de Jerusalém e dos territórios da Margem Ocidental. A ocupação militar desses territórios foi, assim, de inteira culpa do inábil governo jordano.
A guerra de Junho de 1967 não foi uma guerra de agressão: foi uma campanha preventiva. A guerra de 1967 não foi a causa do actual impasse no Médio Oriente, mas apenas confirmou a prevalência israelita num conflito que se iniciara em 1948, quando os países árabes circunvizinhos não aceitaram as disposições da ONU e atacaram o novo Estado hebraico. A guerra de 1967 ditou o início da contestação a regimes laicos socializantes satelizados pela URSS, implicou a radicalização do fanatismo e do integrismo islâmicos e veio confirmar o profundo corte existente entre o Ocidente e o mundo árabe. O mundo árabe escolhera o bloco de Leste. Derrotado e frustrado, virou-se para um passado glorioso mas morto. O mundo árabe fez e continua a fazer as piores escolhas: quis ser socialista quando não devia; quer ser anti-ocidental quando não pode.
O assunto é suficientemente escalpelizado no Insurgente para nos perdermos em delongas, mas gostaria de lhe acrescentar dois ou três argumentos, que estimo de peso na reavaliação de um mito histórico que persiste graças a desinformação ou pura má-fé.
É argumento de toda a evidência ter sido a Guerra dos Seis Dias precipitada pela coligação nasserista-baathista. Em Maio de 1967, Nasser declarou o bloqueio marítimo ao porto de Eilat, porta de entrada vital para a sobrevivência do país, interditou o espaço aéreo do Estado judaico, privando-o de reabastecimento, exigiu a retirada dos Capacetes Azuis da península do Sinai, exibindo claros propósitos belicistas, impôs ao Rei Hussein da Jordânia um comando militar unificado sob comando de um general egípcio e fez reunir os estados-maiores sírio e agípcio para acertos.
Acresce que a estes sinais evidentes de hostilidade, solicitou ao embaixador soviético no Cairo ajuda na localização por satélite do dispositivo militar israelita e assessoria permanente de oficiais russos nos serviços de manutenção de aeronaves, sistemas de detecção e anti-aérea (radares e mísseis) e planeamento estratégico. Tamanhas evidências - só não as viu quem não quis - foram seladas com uma aproximação política aos pan-arabistas do Partido Baath (Partido Socialista Árabe), no poder na Síria e com fortes ramificações no Iraque, no Iémen, Líbano e Sudão. Contudo, Nasser, um megalómano cuja popularidade declinante o empurrava para aventuras compensatórias de prestígio fora de fronteiras - guerra no Iémen em 1966 - acabou por ser vítima da manipulação soviética.
Os russos fizeram crer ao ditador egípcio que os isrealitas se preparavam para desferir um ataque inopinado, levando-o a exibir e acelerar os preparativos para uma guerra que ditaria o extermínio do estado Judaico. Disse-o repetidamente, ou mandou proclamá-lo através dos seus emissários na Europa e embaixador nas Nações Unidas. Israel seria apagado do mapa.
Outro mito muito glosado pelos amigos da causa palestiniana estriba-se na ideia que o direito à independência da entidade palestina era apoiada ardentemente pelos líderes árabes antes da derrota de 1967. Ora, Nasser não deu qualquer passo na atribuição de um lar nacional aos palestinos. Pelo contrário, quando tomou posse da faixa de Gaza, após a retirada das forças da ONU, exerceu forte repressão e terá enviado recados aos jordanos para que não tolerassem qualquer veleidade independentista aos palestinianos vivendo na margem ocidental do Jordão.
Quando os isrealitas iniciaram operações no Sinai, enviaram um recado a Hussein da Jordânia. Nesse memorando, hoje conhecido, garantiam ao soberano Hachemita que a integridade territorial da Jordânia não seria tocada caso o país não se envolsee na guerra.
O Rei Hussein estava, porém, privado de qualquer poder sobre as suas forças armadas, que obedeciam a Nasser através do comando árabe unificado. No terceiro dia da luta no Sinai, os jordanos atacaram Israel pelas costas, tendo recebido forte retaliação judaica, que se saldou pela perda de Jerusalém e dos territórios da Margem Ocidental. A ocupação militar desses territórios foi, assim, de inteira culpa do inábil governo jordano.
A guerra de Junho de 1967 não foi uma guerra de agressão: foi uma campanha preventiva. A guerra de 1967 não foi a causa do actual impasse no Médio Oriente, mas apenas confirmou a prevalência israelita num conflito que se iniciara em 1948, quando os países árabes circunvizinhos não aceitaram as disposições da ONU e atacaram o novo Estado hebraico. A guerra de 1967 ditou o início da contestação a regimes laicos socializantes satelizados pela URSS, implicou a radicalização do fanatismo e do integrismo islâmicos e veio confirmar o profundo corte existente entre o Ocidente e o mundo árabe. O mundo árabe escolhera o bloco de Leste. Derrotado e frustrado, virou-se para um passado glorioso mas morto. O mundo árabe fez e continua a fazer as piores escolhas: quis ser socialista quando não devia; quer ser anti-ocidental quando não pode.
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